Bolt, o supercão, vive em Panambi!

Loraine Luz
3 min readNov 8, 2020

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Brincadeiras à parte, conheça uma história digna de filme (pois de livro já é)

Na causa animal, há inúmeros casos parecidos com este que vou contar. Parecidos no sentido motivacional, transformador, catalisador.

Em fevereiro de 2017, Bolt (que ainda não se chamava assim) cruzou o caminho da pedagoga Fabiana Lasta Beck Pires. E isso mudaria a vida de ambos para sempre. Nas palavras dela (e que representam as de muitas pessoas que acabaram se tornando voluntárias na causa, pode apostar):

“Tem o momento em que a gente salva eles e o momento em que eles nos salvam. O Bolt me salvou da indiferença, fez com que eu enxergasse tantos animais que precisam de ajuda. Por causa do Bolt, estendi meu olhar a todas as criaturas.”

Bolt foi encontrado e resgatado por Fabiana bastante vulnerável, debilitado, muito por conta da cinomose que já atingia a fase neurológica. Ficou longos seis meses sem movimentos, sob tratamento e imenso carinho, até demonstrar sutis sinais de que estava começando a virar o jogo (e virou! e venceu!). Enquanto isso, era gestado em Fabiana o desejo de fazer mais. Bolt foi resgatado em fevereiro. Em agosto, Fabiana passava a integrar oficialmente a equipe de voluntários da ONG AMAR, Amigos dos Animais de Rua de Panambi, interior do Rio Grande Sul. ( https://www.instagram.com/ongamarpanambirs/ )

“Com o meu olhar de pedagoga, percebi que precisávamos fazer algo além (dos resgates e busca por adoção). Precisávamos atuar na prevenção, em ações que a longo prazo fossem capazes de minimizar o número de animais abandonados ou sob maus-tratos”, explica Fabiana.

Ela, num grupo de oito pessoas, passou a trabalhar diretamente com crianças temas como: cuidados de animais, abandono, super população e adoção responsável. A abordagem é sempre lúdica e em escolas, por meio de contação de histórias, jogos, teatro, pintura, cartinhas sobre adoção… Trata-se do projeto Educar para não Abandonar https://www.instagram.com/projeto.educarparanaoabandonar/ , que somente no ano passado impactou mais de 1,2 mil crianças em Panambi e em cidades vizinhas.

“Como pedagoga, sei da importância de ensinar o que é certo na fase dos desenvolvimento da personalidade, dos três aos sete anos. É essa a nossa aposta para um futuro sem abandono, porque as crianças são os agentes do amanhã”, projeta ela.

Apesar da pandemia, que interrompeu um pouco a trajetória ascendente do projeto, no sentido de convites e visitas a turmas de escolas, o Educar para não Abandonar segue firme como um dos braços mais ativos da ONG. Ganhou, inclusive, status de projeto de pesquisa, com fomento da FAPERGS. O grupo tem dois anos para coletar dados sobre animais domiciliados na região, mas cujo resultado também vai ajudar a estudar o fenômeno do abandono, tudo articulado com agentes de três secretarias municipais (a de educação, a do meio ambiente e a da saúde).

E o que o Bolt tem a ver com tudo isso? — além, é claro de ter despertado em Fabiana o desejo de fazer mais (porque ela já fazia antes, de forma mais pontual, ajudando na castração e na adoção de animais de rua). Bolt é tema do primeiro livro do projeto. Sim, esse doce cão que venceu a cinomose e voltou a andar tem sua história contada em livro cujo valor da venda está sendo revertido para fazer acontecer mais ações na área pedagógica, formando uma nova geração mais consciente em relação à causa animal. Até agora já foram vendidos cem exemplares pelas mãos da Fabiana, a autora. Da editora também virá um percentual da venda, assim que fechar o ano.

“A ideia é lançar outros livros, uma espécie de coletânea, todos versando sobre a causa animal, com histórias baseadas em fatos reais de animais resgatados aqui na nossa cidade”, conta Fabiana.

Para adquirir o livro e conhecer a história de superação do Bolt e de seu transformador encontro com Fabiana, acesse esse link: https://www.editoraappris.com.br/produto/3750-bolt-o-copeo

Só podemos desejar muita garra e sucesso a esse projeto, que tanto tem a ver com o Instituto Totós da Teté. Juntos somos mais!

Compartilhe esse texto e oportunize que a história de Bolt e da Fabiana inspire mais e mais pessoas.

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